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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Beijo

Executada em mármore branco em 1886, a escultura representa dois amantes absorvidos num intenso beijo realizada por Auguste Rodin, transmitindo uma força emotiva e sensual que tornou esta obra numa das mais famosas esculturas de todos os tempos.

Rodin

Em 1879, poucos anos depois da viagem por Itália onde tomou contato direto com obras de Donatelo e Michelangelo (do Renascimento), Rodin recebeu uma das suas primeiras encomendas, a entrada para o Museu de Artes Decorativas de Paris. Para a porta o artista desenvolveu um ambicioso projeto: um grande conjunto escultórico denominado "As Portas do Inferno" a partir do "Inferno", a primeira parte da Divina Comédia, a famosa obra literária de Dante.



Embora este trabalho nunca tenha sido concluído, os estudos realizados foram posteriormente transformados numa série de esculturas autónomas, de menores dimensões, de entre as quais as mais famosas são "O Pensador", "Adão e Eva" e "O Beijo”.


Embora plasticamente seja mais conservadora que "O Pensador", esta estátua apresenta uma característica importante da obra madura de Rodin: o interesse pelo inacabado. Uma referência à escultura renascentista pela qual Rodin tanto se interessara na sua viagem a Itália em 1875, é a meticulosa tentativa de tradução do movimento e da anatomia muscular assim como a técnica delicada no trabalho do mármore.


A associação das duas figuras a um bloco de mármore grosseiramente aparelhado, permitia acentuar o contraste de textura e consequentemente destacar a leveza, sensualidade e carnalidade dos corpos.


Marcado ainda pelo ideal estético romântico que procurava a beleza através da representação de estados de alma, "O Beijo" constituiu igualmente uma das obras precursoras do período moderno da escultura, acompanhando o despontar do impressionismo na pintura. A escultura "O Beijo" apresenta uma dimensão ligeiramente acima do natural (tem uma altura de 183 centímetros) e encontra-se exposta no Museu Rodin, em Paris.

Os dois corpos entrelaçados, em pleno movimento, captam a luz e a sombra; os planos fluidos e contínuos não negam o real, mas, pelo contrário, tornam a pedra mais viva. O amor que Rodin sente pelo corpo é sensual e, por vezes, francamente erótico. A macieza da pele contrasta com a aspereza do bloco de pedra […]” (fonte: http://pallasathena-pt.blogspot.com.br/2013_04_01_archive.html)


"O beijo" representava originalmente Paolo e Francesca, dois personagens emprestados a partir de A Divina Comédia de Dante: mortos pelo marido de Francesca, que os surpreendeu na troca do seu primeiro beijo, os dois amantes foram condenados a vaguear eternamente através do Inferno. 









O Beijo revisitado, acima: "A campanha criada pela Agência Experimental Orton Publicidade visa unir o potencial de sentimento e paixão da escultura com o modernismo da Fragrância Element. A ideia é mostrar aos homens o poder do perfume que o ajudará nesta busca pelo elemento certo, aquele que lhe completa. Os contornos do corpo feminino, seus lábios grandes e vermelhos – da mesma cor do vestido – procuram denotar a paixão e a sedução" (fonte: http://www.coxinhanerd.com.br/o-beijo-auguste-rodin/).

Assista o documentário sobre "O Beijo", de Rodin:

http://www.youtube.com/watch?v=IDqVC0gjh50#at=102

Gostou dessa escultura? Na loja Quinta dellArte é possível adquirir uma réplica desta e de outras esculturas. Visite:



Referências:
http://www.phototravel360.com/europa/paris/museu-rodin-em-360-graus-paris/
O Beijo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-08-13].
Disponível na www: .

http://www.coxinhanerd.com.br/o-beijo-auguste-rodin/
http://pallasathena-pt.blogspot.com.br/2013/04/rodin-em-o-beijo-entre-o-realismo-e-o.html

domingo, 14 de julho de 2013

Moisés

Uma das principais obras do artista renascentista Michelangelo, Moisés é um personagem bíblico, legislador dos 10 mandamentos de Deus.

Segundo a Bíblia, Moisés subiu ao Monte Sinai para falar com Deus e Dele recebeu as tábuas da lei contendo os mandamentos.Por essa razão Michelangelo retratou Moisés segurando em seus braços as tábuas da lei. Essa escultura mede 2,35 metros.



Conta-se que após terminar de esculpir a estátua de Moisés, Michelangelo, ao terminar de esculpi-la bateu com o cinzel nos joelhos e disse: "Agora Fale!" (em italiano, “Parla!”). 

Porém, alguns autores não concordam com esse boato e afirmam que “Quem ler um pouco sobre a vida e obra desse mestre vai ter certeza que ele não mutilaria uma obra que o agradou tanto apesar do sofrimento para chegar ao seu fim”.



Pode-se verificar que Moisés possui um par de chifres acima dos seus olhos, nascendo por baixo dos seus cabelos. Supõe-se que ao retratar Moisés com esta espécie de chifres na cabeça, Michelangelo tenha se baseado na tradução equivocada dos textos bíblicos do hebraico para o latim – “karan” em vez de “keren” que significa raios (de luz) em vez de chifres, feita por São Jerónimo para o latim -, referência a uma interpretação medieval do Livro do Êxodo (34, 29). 

‘Quando Moisés desceu do Sinai, seu rosto resplandecia,..., isto é, lançava raios’, a expressão 'raios' é traduzida no sentido próprio de chifres. Por isso, os artistas medievais representavam Moisés com um par de chifres.


A escultura está na igreja de San Pietro in Vincoli, Roma. Alguns estudiosos afirmam que Michelangelo retratou Moisés no momento em que ele desce do Monte Sinai com as tábuas nos braços e vê o povo adorando outro deus (o bezerro de ouro) e o choque da cena leva-o a quebrar as tábuas, e por isso o Moisés de Michelangelo tem o pé esquerdo levemente voltado na posição de quem estava prestes a se levantar.



Desde seu contrato com o papa Júlio II até sua conclusão foram mais de trinta anos, caracterizando assim como o trabalho que mais trouxe problemas para Michelangelo ao longo de sua vida. As sucessivas mudanças no projeto inicial e as brigas judiciais com os herdeiros do pontífice atrasaram a confecção daquele que seria o túmulo de Júlio II.



Michelangelo tinha 30 anos à época do contrato, e com 70 anos se entristeceu ao ouvir as acusações dos herdeiros de seu contratante que disseram: "Ao invés de um soberbo mausoléu, o trabalho ficou reduzido a uma mísera parede". Essa 'mísera' parede é um dos mais espetaculares trabalhos de escultura.



Na loja Quinta dell´Arte é possível adquirir uma réplica da escultura "Moisés". Saiba + clicando na figura abaixo. Aproveite para conhecer também o que a loja produz de arte sacra, chafarizes entre outros.



Referências:
Imagens: Google
http://www.michelangeloclub.com/moises-de-michelangelo.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mois%C3%A9s_(Michelangelo)
http://www.auladearte.com.br/historia_da_arte/michelangelo.htm#ixzz2Yz9IvSNG 
http://www.portalitalia.com.br/artes/artes.asp?idforum=182&menu=

terça-feira, 18 de junho de 2013

Apolo e Dafne

Apolo e Dafne é uma das esculturas mais famosas de Gian Lorenzo Bernini (1598 - 1680), grande escultor do barroco italiano. A escultura, feita de mármore e em tamanho real, encontra-se na Galleria Borghese, Roma, Itália.





A escultura faz parte de uma série de esculturas encomendadas pelo cardeal Scipione Borghese, no início da carreira de Bernini. Borghese também financiou a escultura "O Rapto de Prosérpina". Bernini não executou a escultura sozinho, teve a ajuda significativa de um membro de sua oficina, Giuliano Finelli, que se comprometeu com os detalhes da conversão de Dafne de humano a árvore, como a casca e ramos, bem como os cabelos ao vento.



"Apolo e Dafne" é uma das esculturas que demonstra a habilidade do artista em inserir o observador na ação - o modo desesperado com o qual Dafne tenta fugir de um Apolo alucinado e a cena captada no exato momento em que a ninfa se transforma em um loureiro para ser protegida.



A lenda conta que Apolo (deus da Luz, da Cura, da Poesia, da Música e da Profecia, protetor dos atletas e dos jovens guerreiros), o mais belo deus do Olimpo, irrita o Cupido - Eros, filho de Afrodite. Apolo repreende Eros quando o vê brincando com seu poderoso arco e flecha"Que queres tu, menino, com armas mortíferas? Deixe-as para mãos de quem delas seja digno. (...) Contenta-te com tua tocha, criança (...) mas não se atreva a intrometer-se com minhas armas novamente." 


O filho de Afrodite, ouvindo as palavras do deus, retrucou: "Tuas setas podem ferir todas as outras coisas, e isso concordo. Mas não esqueça que as minhas também podem ferir-te". Assim, o Cupido teria lançado duas flechas, uma de amor em Apolo e outra de chumbo na ninfa Dafne, filha do rio-deus Peneu, que afastava o amor.


Doente de amor, Apolo começou o assédio sobre Dafne, que recusando todos os pretendentes, não deixou de recusar o belo deus. Apolo então começou uma perseguição a Dafne, que corria desesperada pela floresta tentando evitá-lo.
Pintura de autor desconhecido



Ele estava cada vez mais próximo de seu objetivo quando Dafne suplica ao seu pai, ao vê-lo entre as árvores, que parasse com o sofrimento - "'Destrua a beleza que tanto me me ferido, ou mude o corpo que destrói minha vida". Peneu então, vendo que Apolo já tocava os cabelos da filha, a enfeitiça. Dafne sente seu corpo adormecer, sua pele se transformando em casca, os cabelos em folhas, os braços enrijeceram e viraram galhos, os pés fincaram-se no chão virando raízes.



Transtornado, Apolo se agarra à árvore que fora seu grande amor e chora, dizendo que os ramos do louro sempre o acompanharão em sua coroa verde e vistosa, participando de seus triunfos eternamente. Dessa maneira, os ramos de louro ficaram associados a Apolo, tanto que nos Jogos Olímpicos ele ainda constitui parte do prêmio.


Coroa de louros dourada - provavelmente do Chipre, séc. IV  a. C. 

Atleta com coroa de louros nos Jogos Olímpicos

Na loja Quinta dell´Arte é possível adquirir uma réplica da escultura "Apolo e Dafne". Saiba + clicando na figura abaixo. Aproveite para conhecer também o que a loja produz de arte sacra, chafarizes entre outros.

Fontes:
Imagens extraídas de diversos sites da Internet e algumas fotos são de Andréa Jemolo: http://www.jemolo.com/cgi-bin/index.cgi?c=&keyword=scultura&rel=ibdb&fid=&startrec=160&lan..

terça-feira, 21 de maio de 2013

Êxtase de Santa Teresa


Êxtase de Santa Tereza

O Êxtase de Santa Teresa é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680). Bernini é um dos maiores escultores barrocos do século XVII, representando a experiência mística de Santa Teresa de Ávila “trespassada por uma seta de amor divino por um anjo, realizada para a capela do cardeal Federico Cornaro”. Bernini é um dos escultores que está muito presente no filme “Anjos e Demônios”, baseado na obra de Dan Brown (que escreveu também “O Código da Vinci”).

Fez também a escultura "Rapto de Prosérpina".

Detalhe da flecha dourada do anjo

Hoje ela se encontra em um nicho em mármore e bronze dourado na Capela Cornaro, Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma. Esculpida durante o período de 1645-1652, seguindo as tendências do estilo barroco, a beleza da obra se deve ao uso da iluminação e fidelidade da escultura, que conferem à obra sensibilidade, pois o escultor aplicava em suas esculturas o uso de corpos alongados e faces expressivas.

Detalhe do rosto do anjo

Bernini serviu a Cidade do Vaticano durante muito tempo, criando esculturas feitas por pedido. Não só nessa mas também em outras esculturas, Bernini seguiu as determinações da Igreja Católica Romana, que dizia que a arte religiosa deveria ser inteligível e realista, e servir, acima de tudo, como um estímulo emocional à religiosidade.
Detalhe do rosto da Santa visto de frente

Logo que chegou a Roma em 1644, o Cardeal Veneziano Federico Cornaro encomendou a Bernini a transformação da ala esquerda da igreja de Santa Maria da Victoria em um sepulcro para ele e sua família.

O artista completou o plano suntuoso com mármores caríssimos, estuques e pinturas douradas, colocando o grupo escultural de Santa Teresa e o anjo atrás do altar principal, como se estivesse em um palco iluminado por uma luz escondida.

Esculturas ao lado do altar. As esculturas parecem estar observando uma "cena teatral", o que faz muito sentido dentro do estilo barroco, que é caracterizado por sua dramaticidade e teatralidade.

O trabalho foi executado entre 1646 e 1652. A capela é um exemplo da "fusão" berniniana, onde as três artes principais se fundem em uma ilusão teatral de realidade tentando contar a prodigiosidade da Santa. A arquitetura do oratório, a plasticidade da escultura e o tempo pegam os protagonistas no momento exato em que representavam seus papéis. A pintura da abóbada é iluminada por uma janela bem no alto o que dá um tom de realidade ao anjo e às nuvens, como uma alusão ao lugar e as experiências místicas da Santa.

Vista do altar

Teresa de Ávila, canonizada em 1622, foi a fundadora da Ordem das Carmelitas Descalças. A escolha de Bernini foi a de representar a visão mais mística, no momento em que o coração de Santa Teresa é atingido pelo Anjo do Amor Divino. 

Pintura de autor desconhecido de Santa Tereza d´A´vila.

No momento do êxtase, é dito que a santa disse ter visto: “um anjo do lado esquerdo, de aparência muito bela... ele segurava um dardo de ouro, em cuja ponta de ferro escapava uma chama. Ele atravessou meu coração com aquilo. Depois me deixou completamente extasiada pelo amor de Deus...”.  - a flecha na escultura está apontando para seu baixo dorso.

Detalhe do rosto de Santa Tereza

A escultura de Bernini, em mármore, representa a santa desfalecida numa nuvem, expressando na face uma mistura de êxtase e exaustão. Como a Igreja da Contra-Reforma sublinhava a importância de seus membros reviverem a Paixão de Cristo, Bernini tentava induzir os fiéis a uma intensa experiência religiosa, lançando mão de todos os artifícios operísticos para criar um ambiente totalmente artístico na capela. 

Chegando ao virtuosismo da escultura, Bernini materializou esta visão representando a Santa caída para trás, com a boca entreaberta, como que sentindo a violência daquela ação. A roupa com muitas dobras parece parada no ar, contudo sem perder a expressão ali representada. O anjo é nobre e se sente vitorioso nesse momento.

Detalhe das dobras da roupa da Santa

A santa e o anjo parecem flutuar nas ondulações das nuvens, banhados por raios dourados que jorram de uma abóbada celeste pintada no teto da capela. O virtuosismo do artista com a textura faz a “carne” do mármore branco parecer estremecer de vida, e igualmente convincentes  são as plumas das asas do anjo e a inconsistência das nuvens. Todo o altar palpita de emoção, drama e paixão.

Raios dourados saem do teto

Veja vídeo da BBC legendado sobre o Êxtase de Santa Tereza:

Gostou da escultura? Na Loja Quinta Dell´Arte, é possível adquirir uma réplica do Êxtase de Santa Tereza, além de outras esculturas famosas, charizes e arte sacra. Visite:



Referências:
Imagens da Internet.
http://www.allaboutarts.com.br/default.aspx?PageCode=12&PageGrid=Articles&item=0706A5
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_%C3%8Axtase_de_Santa_Teresa
http://multiplosestilos.blogspot.com.br/2010/03/o-extase-de-santa-tereza-bernini.html

STRICKLAND, Carol. Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno. Tradução: Ângela Lobo de Andrade – Rio de Janeiro: Ediouro, 1999O 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Discóbolo


Cast Gallery, Ashmolean Musueum, Oxford (Martin Beek) Tags: sculpture art nude body cast figure classical copy myron discobolus humanform ashmolean ashmoleanmuseum figurativeart humanfigure

O Discóbolo (“O arremessador/lançador de disco”, do grego Δισκοβόλος, Diskobólos, lançador) foi feito pelo escultor Myron ou Míron, em 450 a.C. na antiga Grécia. Feito de mármore, encontra-se hoje no Museu Nazionale Romano na Itália em Roma. 

Discobolo Discus Thrower Lancellotti Version

Alguns blogs e sites afirmam que o original não existe mais. Segundo Luciano de Samósata e Plínio, o Velho, o original foi produzido em bronze em torno de 455 a.C para ser instalado em um palácio de Atenas para comemorar um atleta vitorioso no antigo pentatlo, mas a obra acabou se perdendo ao longo do tempo. Há versões do Discóbolo olhando para cima, e outras, para baixo.

Cópia reduzida em bronze da Gliptoteca de Munique com 1,55 ade altura


“Míron, com esta peça, retrata o efêmero momento de imobilidade do personagem. Em grego, esse momento é chamado rhytmos e se refere a uma graciosa harmonia e equilíbrio.”
Myron (480 a.C.- 449 a.C.) foi o mais famoso escultor em bronze do Estilo Severo. Capturava o movimento paralisado, fixando no “Discóbolo” o “instante complexo dos músculos organizados de todo o corpo, em sincronia com o impulso dos braços, inclusive com o cálculo sereno da cabeça pensante”, mostrando-nos o atleta com o corpo flexionado, no instante anterior ao arremesso do disco. 

Fonte: http://mundo52.com/cultura/el-discobolo-se-queda-mas-tiempo-en-mexico. Exemplo de versão do DIscóbolo olhando para baixo.

Seu equilíbrio é dinâmico, o que contribui para um mesmo objetivo geral da composição. A escultura chama atenção, pois transmite uma sensação de firmeza, vigor e de delicado equilíbrio ao corpo.




O arremesso de disco é a prova considerada mais antiga de arremesso no atletismo e foi criado na Grécia. Supõe-se que os discos eram feitos de pedra e não tinham o formato tão circular quanto os de hoje, pois estes sofreram aperfeiçoamento devido o tempo e a tecnologia.

Cópia romana

Esporte muito popular na Grécia Antiga, devido à variedade de posições que o corpo adotava durante o arremesso, foram criadas várias obras de arte fundamentais, entre as quais: o discóbolo de Alcamenes e Myrón, além de outras menos conhecidas.

Diskobolos (discus thrower) 2nd century CE Roman copy of 450-440 BCE Greek bronze by Myron recovered from Emperor Hadrian's Villa in Tivoli Italy (mharrsch) Tags: sculpture male statue oregon nude portland greek roman athlete britishmuseum hadrian hadriansvilla myron discusthrower portlandartmuseum 2ndcenturyce 5thcenturybce bodybeautiful diskobolos mharrsch


O Discóbolo de Mirón foi escolhido como símbolo da Educação Física por representar a força e o dinamismo característicos dessa profissão - “... o corpo revela um cuidadoso estudo de todos os movimentos musculares, tendões e ossos que fazem parte da ação; as pernas, os braços e o tronco inclinam-se para imprimir maior impulso ao golpe; o rosto não parece contorcido pelo esforço, mas calmo e confiante na vitória". RESOLUÇÃO CONFEF nº 49/2002, Rio de Janeiro, 10 de Dezembro de 2002.

Além do grupo Atena e Mársias, o Discóbolo é a única outra obra atribuída a Míron que chegou até nós.

Cópia Townley em mármore do Museu Britânico

Segundo algumas fontes, estilisticamente o Discóbolo ilustra a transição do Estilo Severo para o Estilo Clássico. Míron foi um pioneiro pela introdução de uma abordagem anatômica mais próxima do natural e por ter conseguido sintetizar em arte um ideal de beleza física, de equilíbrio dinâmico e de harmonia entre mente e corpo.



“Embora o Discóbolo tenha enorme qualidade como obra de arte e tenha se tornado um modelo na representação do movimento do corpo humano, não representa o movimento real que o atleta faz no ato de lançar o disco”.

File:Discóbolo 13.new.jpg

Segundo o  blog http://qualisaude.blogspot.com/2010/12/discobolo-simbolo-da-educacao-fisica.html, "Uma das réplicas mais completas da estátua foi comprada pela Alemanha Nazista, em 1938, pelo valor de cinco milhões de liras. Seu lugar já estava reservado em Berlim, todavia, Adolf Hitler decidiu enviá-la para a Gliptoteca de Munique - cidade "capital do movimento [nazista]" - e assim exibi-la no "Dia da Arte Alemã" (9 de julho de 1938) como um "presente do Führer". No pós-guerra (1948) as autoridades norte-americanas ordenaram a devolução da estátua e das várias obras de arte compradas da Itália durante o fascismo".

Diskobolos (discus thrower) 2nd century CE Roman copy of 450-440 BCE Greek bronze by Myron recovered from Emperor Hadrian's Villa in Tivoli Italy (10) (mharrsch) Tags: sculpture male statue oregon nude portland greek roman athlete britishmuseum hadrian hadriansvilla myron discusthrower portlandartmuseum 2ndcenturyce 5thcenturybce bodybeautiful diskobolos mharrsch



A quantidade de cópias conhecidas indica que a obra foi muito popular na Roma Antiga. Porém, nenhuma das cópias conservou indicação de como a estátua original era colorida, um costume comum entre os gregos que devia acrescentar às esculturas muita vivacidade e naturalismo. Além disso, das cópias que chegaram aos nossos dias somente uma, em bronze, em tamanho menor que o original, está completa; todas as outras apresentam danos mais ou menos extensos.

Discobolo Discus Thrower Lancellotti Version 6

“O Discóbolo só foi identificado em tempos modernos quando uma cópia foi encontrada em 1781 na Villa Palombara, em Roma, pertencente à família Massimo. Restaurada por Angelini, foi instalada no Palazzo Massimo, e então noPalazzo Lancelotti, tornando-se imediatamente estimadíssima pelos neoclássicos dos séculos XVIII e XIX, que a viram como a representação suprema do movimento corpóreo”.

Diskobolos (discus thrower) 2nd century CE Roman copy of 450-440 BCE Greek bronze by Myron recovered from Emperor Hadrian's Villa in Tivoli Italy (3) (mharrsch) Tags: sculpture male statue oregon nude portland greek roman athlete britishmuseum hadrian hadriansvilla myron discusthrower portlandartmuseum 2ndcenturyce 5thcenturybce bodybeautiful diskobolos mharrsch

A influência do Discóbolo sobre a cultura, em especial do ocidente, ainda é grande nos dias de hoje. É uma das imagens mais publicadas na literatura sobre esportes, educação física e fisiculturismo, pois é um dos mais conhecidos ícones da atual cultura do corpo.


Na loja Quinta dell´Arte, é possível adquirir uma réplica do Discóbolo, dentre outras esculturas famosas, chafarizes e arte sacra. Conheça:



Referências
Várias fotos de versões diferentes do Discóbolo: http://flickrhivemind.net/Tags/myron,sculpture
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disc%C3%B3bolo
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/02/01/908949/conheca-discobolo-miron.html
http://greciantiga.org/img/index.asp?num=0783
http://www.fotolog.com.br/jansenmatos/38512655/
http://conhecendoeducacaofisica.blogspot.com.br/2010/08/simbolo-da-educacao-fisica-discobolo-de.html