domingo, 24 de janeiro de 2010

ARTE CONTEMPORÂNEA



Os balanços e estudos disponíveis sobre arte contemporânea tendem a fixar-se na década de 1960, sobretudo com o advento da arte pop e do minimalismo, um rompimento em relação à pauta moderna, o que é lido por alguns como o início do pós-modernismo.

Impossível pensar a arte a partir de então em categorias como "pintura" ou "escultura".

Borofsky

A cena contemporânea - que se esboça num mercado internacionalizado das novas mídias e tecnologias e de variados atores sociais que aliam política e subjetividade (negros, mulheres, homossexuais etc.) - explode os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares.

As novas orientações artísticas, apesar de distintas, partilham um espírito comum: são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à natureza, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia.

Ramos - "Visão de Velasquez"

As obras articulam diferentes linguagens - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. –, desafiando as classificações habituais, colocando em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. Interpelam criticamente também o mercado e o sistema de validação da arte.


Cindy Sherman

O corpo sugerido em diversas obras de E. Hesse - Hang Up (1965/1966) - toma o primeiro plano no interior da chamada body art. É o próprio corpo do artista o meio de expressão em trabalhos associados freqüentemente a happenings e performances.

Joseph Beuys - performance "como explicar desenhos a uma lebre morta"

A percepção do observador, pensada como experiência ou atividade que ajuda a produzir a realidade descoberta, é largamente explorada pelas instalações. Outro desdobramento direto do minimalismo é a arte conceitual, que, como indica o rótulo, coloca o foco sobre a concepção - ou conceito - do trabalho.

Christo

É importante lembrar que o uso de novas tecnologias - vídeo, televisão, computador etc. - atravessa parte substantiva da produção contemporânea, trazendo novos elementos para o debate sobre o fazer artístico.

A partir de meados das décadas de 60 e 70, notou-se que a arte produzida naquele período já não mais correspondia à Arte Moderna do início do século XX. A arte contemporânea entra em cena a partir dos anos 70, quando as importantes mudanças no mundo e na nossa relação de tempo e espaço transformam globalmente os seres humanos.

Lucien Freud

Entre os movimentos mais célebres estão a Pop Art, o Expressionismo Abstrato, a Arte conceitual, a Arte Povera, o Minimalismo, a Body Art, o Fotorrealismo, a Internet Art e a Street Art, a arte das ruas, baseada na cultura do grafiti e inspirada faccionalmente na geração hip-hop, tida muitas vezes como vandalismo.

Smithson - land art

Quando se fala em arte contemporânea não é para designar tudo o que é produzido no momento, e sim aquilo que nos propõe um pensamento sobre a própria arte ou uma análise crítica da prática visual. Como dispositivo de pensamento, a arte interroga e atribui novos significados ao se apropriar de imagens, não só as que fazem parte da historia da arte, mas também as que habitam o cotidiano. O belo contemporâneo não busca mais o novo, nem o espanto, como as vanguardas da primeira metade deste século: propõe o estranhamento ou o questionamento da linguagem e sua leitura.


As novas tecnologias para a arte contemporânea não significam o fim, mas um meio à disposição da liberdade do artista, que se somam às técnicas e aos suportes tradicionais, para questionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um enigma e não mais uma visão pronta do mundo.


Nassau de Souza - Videoarte "A cela"


O trabalho do artista passa a exigir também do espectador uma determinada atenção, um olhar que pensa. Um vídeo, uma performance ou uma instalação não é mais contemporâneo do que uma litogravura ou uma pintura. A atualidade da arte é colocada em outra perspectiva.

Kosuth


Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_contempor%C3%A2nea

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=354&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=8

2 comentários:

Patrícia Castro disse...

Muito interessante! Obrigada por dividir conosco sua sabedoria. Grande abraço

Unknown disse...

Oi, gostei muito das aulas de história da arte que acompanhei aqui. Sinto só um pouco de falta sobre mais material sobre arte moderna e contemporânea, que são meus focos maiores de pesquisa.
De qualquer forma, está de parabéns!
Conte comigo como leitor e para o que eu puder contribuir.
Abs, artista plástico Quim Alcantara
http://quim.com.br/