Fundado em Zurique, em 1916, por um grupo de refugiados da Primeira Guerra Mundial, o movimento Dadá mesmo que muitas vezes sem sentido, tinha um objetivo de não-sem-sentido: protestar contra a loucura da guerra. Dez milhões de pessoas foram massacradas ou ficaram inválidas. Não admira que os dadaístas achassem que não podiam mais confiar na razão e na ordem estabelecida. Sua alternativa então foi subverter toda autoridade e cultivar o absurdo.
Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, esta foi escolhida aleatoriamente, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre a mesma. Isso foi feito para simbolizar o caráter anti-racional e nonsense do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial. Entre os principais nomes do movimento estão, na Alemanha, Raoul Haussmann, Johannes Baader, John Heartfield, Kurt Schwitters, Max Ernst. Nos EUA, encontrava-se Francis Picabia, Marcel Duchamp (oriundo da França) e Man Ray.
Man Ray.
O movimento era direcionado contra as ideias da burguesia que tratava de vida e arte. Esquecendo das noções de lógica, moralidade ou convenção, os Dadaístas buscaram criar uma anti-arte provocativa e a rejeitar qualquer sistema estético.
Colagem de Hannah Höch
As formas mais usadas de suas expressões artísticas foram a formação de novas construções – figuras, esculturas ou poemas proclamados em voz alta – e principalmente montagem, assemblage, e colagem.
L.H.O.O.Q. - Marcel Duchamp. Duchamp fez um bigode com caneta em uma reprodução da Monalisa. As letras do título desta obra ditas em francês traduzidos para o português, significam: "Ela tem o rabo quente".
O Dadaísmo é caracterizado pela oposição por qualquer tipo de equilíbrio, pela combinação de pessimismo irônico e ingenuidade radical, pelo ceticismo absoluto e improvisação. Enfatizou o ilógico e o absurdo.
Ready-made de Duchamp.
Entretanto, apesar da aparente falta de sentido, o movimento protestava contra a loucura da guerra. Assim, sua principal estratégia era mesmo denunciar e escandalizar. Procurava chocar um público mais ligado a valores tradicionais e libertar a imaginação via destruição das noções artísticas convencionais.
A Fonte, ou Mictório, de Marcel Duchamp.
Acredita-se, ainda, que seu pessimismo venha de uma reação de desilusão causada pela Primeira Guerra Mundial.
O violino de Ingres, Man Ray.
Referências:
Todas as fotografias foram retiradas de sites da Internet.
4 comentários:
Oi.
tem um livro de história em quadrinhos que tem a Zurique de 1917 e os dadaístas como pano de fundo. O nome do livro é "Vallat: uma investigação dadaísta", saiu pela Editora Conrad.
Maikon K
www.vivonacidade.blogspot.com
olá...esse conteudo é mto rico em relação as obras dadaístas...e tambem em relação às artes plásticas...mto interessante...parabéns!!!!
BOA NOITE...TEXTO OTIMO DO DAIDAISMO...
Perfeito
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