quinta-feira, 6 de novembro de 2008

RESULTADO DA ENQUETE - SCHWANKE

(breve figuras)
E, o grande vencedor como artista preferido joinvilense dos freqüentadores do blog é:



SCHWANKE!

Mas, quem é Schwanke?

Desde a infância Luiz Henrique Schwanke demonstrou aptidão artística. Quando adolescente, recebeu vários prêmios com textos que escrevia para festivais de teatro amador, na época promovidos pelo governo do estado de Santa Catarina.

Seu primeiro reconhecimento nas artes plásticas foi através de um desenho realizado em 1962, quando ainda cursava o primário no Grupo Escolar Rui Barbosa, desenho esse que participou do 11º Salão Nacional de Arte Infantil, promovido pela Folha de São Paulo, e com o qual recebeu medalha de ouro em Santa Catarina e menção honrosa em São Paulo.

Inicialmente primitivista e puntilista, sua primeira mostra individual, com pinturas, ocorreu em 1969 na “Exposição de Flores e Artes de Joinville”. Nesse mesmo ano, realizou um curso técnico de reportagem e jornalismo promovido pela Prefeitura de Joinville.

Em 1970 mudou-se para Curitiba, e chegou a freqüentar o curso de direito durante três anos. Em 1974 formou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde entrou em contato com a história da arte. Atuou como publicitário em Curitiba por três anos (1977-1980), mas permaneceu na cidade durante 15 anos, com intensa produção artística.

Foi assessor cultural do Diretório Acadêmico Rocha Pombo do Paraná (Darpp) em quatro gestões, no período em que cursou a faculdade, organizando quatro salões de artes plásticas realizados na Faculdade de Filosofia.

Realizou mais de 130 exposições, entre individuais e coletivas, e participou dos mais importantes salões nacionais, recebendo mais de 30 premiações, tendo sido o artista brasileiro mais premiado nos salões de 1985.

Em 1989, foi selecionado por uma comissão composta por Paulo Sergio Duarte, Sheila Lerner, Evelyn Berg Iochpe e Frederico de Moraes a expor no Parque Lage, na Bienal do Rio de Janeiro.

Em 1991, participou da 21ª Bienal Internacional de São Paulo, estando entre os 51 artistas brasileiros selecionados dos 2.059 concorrentes de 58 países.

Morreu em 1992, deixando uma obra diversificada e numerosa, compondo mostras de importância nacional e internacional, e tendo participado em mais de 130 exposições.

Em 1994, com a curadoria de Agnaldo Farias, cinco obras de Schwanke integraram o segmento “A atualidade (1980 aos nossos dias)”, da Bienal Brasil Século 20, com curadoria-geral de Nelson Aguilar, que almejou contar a história da arte brasileira no século 20.

Sua obra mais conhecida, “Cubo de Luz, Antinomia”, foi montada uma única vez, na 21ª Bienal Internacional de São Paulo, e faz parte do livro comemorativo “Bienal 50 Anos”, da Fundação Bienal Internacional de São Paulo.

Entre julho e setembro de 2005, na exposição “Dor, Forma e Beleza - A representação criadora da experiência traumática”, realizada na Estação Pinacoteca, em São Paulo, teve Shwanke como um dos escolhidos entre os vários artistas nacionais e internacionais.

Em Joinville, foi criado o Instituto Schwanke, que busca catalogar e organizar sua produção artística, que se supõe ser superior a 3.000 obras.

O curta-documentário sobre sua obra, “À Luz de Schwanke”, recebeu o Prêmio Cinemateca Catarinense em 2007, sob direção de Ivaldo Brasil e Maurício Venturi[1].

Características de suas obras

Schwanke personificou o artista que não se utilizava apenas da técnica, mas sua poética buscava o conhecimento, através de cursos e extensa bibliografia. Apresentou uma obra cercada de erudição, seja pela plasticidade, seja pelos seus escritos.

Revelava o fascínio pela luz, principalmente o tratamento dado no período barroco, mais especificamente nas obras de Caravaggio (1571-1610), e foi influenciado, também, pela pop art de Andy Warohl (1928-1987). Teve influências, também, do neo-expressismo, concretismo, construtivismo e minimalismo.


Os trabalhos com luz elétrica foram o ápice da carreira dele, principalmente pelo “Cubo de Luz / Antinomia”, montado na XXI Bienal Internacional de São Paulo, em 1991. O claro-escuro percorreu toda a obra de Schwanke, desde os desenhos conceituais até as instalações pop e as instalações com luz elétrica. Ele participou e venceu inúmeros salões de arte no Brasil e também teve um trabalho incluído na Bienal 50 Anos (1992). Em 2007, obras de Schwanke foram expostas em duas exposições no Instituto Cultural Tomie Ohtake, em São Paulo, sendo uma delas a “Geração 80″ com curadoria de Agnaldo Farias.
Para saber mais sobre Schwanke e a Fundação acesse o site http://www.schwanke.org.br/.

Morreu em 27 de maio de 1992. Apesar de pouco mais de 30 anos de produção, sua obra é tão numerosa, rica e diversa que até hoje não foi completamente desvendada. Artista à frente do seu tempo, seus trabalhos continuam a ser expostos ao lado de importantes nomes da arte contemporânea brasileira.


Fontes e referências:

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