Produziu gênios como Rembrandt e Velásquez, e também expandiu o papel da arte para a vida cotidiana.
Vieram de toda a Europa para Roma, para estudar as obras clássicas e da Alta Renascença. Voltando às terras de origem, acrescentaram às suas obras as particularidades culturais de cada região. Desenvolveram as descobertas anteriores. O elemento comum das variações era a sensibilidade e o domínio absoluto da luz para obter o máximo de impacto emocional.
A era barroca começou em Roma quando os papas se dispuseram a financiar magníficas catedrais e grandes trabalhos, para manifestar o triunfo da fé católica depois da Contra-Reforma, e para atrair novos fiéis com a dramaticidade das obras de arquitetura.
Se expandiu para a França, onde os absolutistas monarcas reinavam por direito divino e gastavam para se glorificar em palácios. A pintura francesa elegia temas não-religiosos, derivados da Grécia e Roma. Em países católicos como Flandres a arte religiosa florescia.
Já em países protestantes como a Inglaterra (no norte da Europa), as imagens eram proibidas. A pintura então tendia a naturezas-mortas, retratos, paisagens e cenas do cotidiano. Mercadores e burgueses gostavam de enfeitar a casa e mostrar suas riquezas – exuberância dramática e teatral.
Barroco italiano: Caravaggio.
Pintou corpos pesadamente, dessa forma fazendo os santos parecerem gente comum e os milagres eventos do cotidiano.
Usou a perspectiva de modo a trazer o espectador para dentro da ação. Usava poses antes nunca pensadas nas pinturas, para dar mais dramaticidade - exemplo é a posição do cavalo abaixo, com o bumbum virado para o espectador.
Chiaroscuro intensificava as emoções por meio de contrastes de luz e sombra. Fundo escuro – seu apelido era "Il tenebroso" por usar a sombra tão intensamente em seus quadros.
Luz crua sobre o tema, e às vezes usava apenas cerca de três a quatro cores em suas pinturas.
Barroco holandês – Rembrandt.
Retratos e quadros introspectivos.. sombreado sutil.
1ª fase: retratos, cenas bíblicas e históricas. Iluminação dramática e figuras melodramáticas.
Acima, auto-retratos. Rembrandt foi um artista que fez muito auto-retratos, cerca de mais de 100 durante toda sua vida. Ao retratar-se quando jovem, focou-se no material e olhar de superioridade. Percebe-se pelo brilho - ênfase que ele deu no detalhe da roupa. Quando velho, foco no interior do homem, dando a noção de maturidade e olhar mais humilde. As Pinceladas tornam-se mais espessas, o pincel está mais solto (a ênfase não é mais tanto no desenho e na linha, como no retrato do começo de sua carreira) e sombras mais claras.
2ª fase (estilo tardio) – A Guarda Noturna. Iluminação, composição e cor. Momento de ação coletiva, retrato em grupo e não fileiras ordenadas. Dramático, momento em que o capitão dá à milícia a ordem de se por em marcha. Luz, movimento e poses barrocos.
Vermeer – domínio da luz, holandês. Brilhos que trazem intensidade – não há história, paixão ou evento e sim o estudo das cores puras e vívidas, e seu brilho, Temas banais mas que elevam-se pela representação da realidade visual. Usava uma câmera obscura.
Ponto na pintura que refletisse mais luz, dando vibração e textura tridimensional.
Cenas do filme "Moça do brinco de pérola":
Influenciou o Impressionismo com pontinhos de luz. Tema: efeitos da luz sobre a cor e forma.
Veja o trailer do filme "Moça com o brinco de pérola".
Barroco espanhol – Velasquez.
Pinceladas de formas fluidas. Focos de luz e cor – precursor do Impressionismo. Simplicidade e
objetividade. Buscava tudo na natureza. Respeito à realidade.
Poses naturais à rígidas tradições de retrato formal da nobreza.
Moderação à ostentação, e realismo ao idealismo.
Referências
www.historiadaarte.com.br/barroco.html (consulte para saber mais!)
STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Trad. Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
Um comentário:
O desenvolvimento dessas informações estão otimas. E a visualizações das imagens estão lindas. Parabéns pelas informações e imagens.
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